“Quem é o inimigo
glorioso que nós não ousamos mostrar na capa dessa edição?”, era a pergunta
feita em Our Army At War 151, de 1965. O
personagem mostrado, claro, era Hans von Hammer, “O Martelo do Inferno”,
conhecido por todos nós, ávidos leitores, como o Ás Inimigo.
É a criação primorosa de
Robert Kanigher, decano escritor dos quadrinhos de guerra da DC, baseado (é claro) em Manfred Von Richthofen,
o Barão Vermelho (1892 –1918). O Ás
Inimigo percorria os céus da Europa em seu Fokker Dr I, durante a Primeira
Guerra Mundial, sua habilidade extraordinária em seu avião...e o fato de que ele estava cansado
de uma guerra inútil, que ceifava vidas de ambos os lados. Mas isso não o
impedia de fazer o seu trabalho. E muito bem. Como um galante cavaleiro das
histórias arturianas, amargurado e com um senso enorme de dever. “O céu é o
assassino de todos nós”, era seu solilóquio favorito. “E hoje pode ser meu
dia”. Ele subia no seu Fokker sem saber se voltaria ou não, e francamente não
se importava.
A
série, com os belos desenhos de Joe Kubert começou em Our Army at War, como uma
história complementar e logo ganhou popularidade suficiente para que ela fosse
para a Showcase, e depois estrelando a Star Spangled War Stories. Os artistas
que passaram por lá, além de Kubert foram Neal Adams, Russ Heath, Frank Thorne,
John Severin e até mesmo Howard Chaykin.
O Ás Inimigo voltou na graphic novel War Idyll, belamente pintada por George Pratt em 1990, em uma bela e surreal história onde Von Hammer conta suas reminiscências a outro veterano, da guerra do Vietnã. E em 2003, na minissérie War in Heaven, de Garth Ennis, com a arte maravilhosa de Chris Weston e do veterano Russ Heath, se passando na Segunda Guerra Mundial.
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